This English article is my own work. Below it you will find the Portuguese article that I translated it from, as well as the link to where it was originally published.
School Targeted by Racism Wants to Change Name to
Nelson Mandela
Marcelle Souza
From UOL, in São Paulo
09/08/2015
3:28pm > Updated 09/08/2015 3:53pm
The roads surrounding Municipal Pre-School Guia Lopes, on São
Paulo’s north side, were invaded this last Friday (4th) by 4 and 5-year-old
protesters. The protesters’ primary demand is worthy of publicity: change the
school’s name to Nelson Mandela.
Five years ago, the school put in motion an educational
project which obeys law 10.639/03. This law requires the inclusion of
African-Brazilian history and culture in school curriculums. The school has
held activities and parties with African-Brazilian themes, and because of this
the building was targeted by racist graffiti. These aggressions simply strengthened
their resolve to continue implementing the project. In 2014, UOL visited the
school and reported how racial prejudice, discrimination and the appreciation
of the African-Brazilian culture had become everyday topics in the classroom.
The idea of changing the school’s name was born in May of
this year. The subject was brought up during a school council meeting, because
few of the parents and students knew who Guia Lopes was – he was a soldier in
the Paraguay War. However, everyone knew the story of Nelson Mandela.
“Grandpa Mandiba (as the students affectionately call Mandela)
has become a positive role model for all the children,” Cibele Racy the school’s
director said, and she continues, “The school deserves to have him as its
namesake”.
The children voted on the new name, before the school
formally requested the name change. Prior to the vote, the children were told
the history behind Guia Lopes. Mandela still won the vote. The school
administration then officially requested the mayor’s office and the City
Council of São Paulo to change the name of the school. The request is currently
being processed and, as of yet, does not have a date when it will be voted on by
the city councilmen.
To strengthen their request, the school collected signatures
via an online petition and the students began “practicing” how to hold a
protest. The students used various areas within the school to publish their
demands, discussed what phrases would be printed on their posters and, finally on
the 4th, took to the roads to give their request a voice.
Escola que foi alvo de racismo
quer mudar de nome para Nelson Mandela
Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo
08/09/201515h28 > Atualizada 08/09/201515h53
As ruas do
entorno da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Guia Lopes, na zona
norte de São Paulo, foram invadidas na última sexta (4) por manifestantes de 4
e 5 anos. A principal reivindicação é digna da mobilização: mudar o nome
da escola para Nelson Mandela.
Há cinco anos, a escola iniciou um projeto pedagógico para
atender à lei 10.639/03, que trata da inclusão do ensino de história e cultura
afro-brasileira no currículo escolar. Por causa das atividades e festas
temáticas, a unidade já foi alvo de pichações racistas, mas respondeu às
agressões com o fortalecimento do projeto. Em 2014, o UOL visitou a escola e contou como
preconceito, discriminação e valorização da cultura afro-brasileira se tornaram
temas cotidianos em sala de aula.
A ideia de mudar de nome surgiu em maio deste ano, quando o
assunto foi levantado durante uma reunião do conselho da escola. Isso porque
poucos pais e alunos sabiam quem foi Guia Lopes – combatente na Guerra do
Paraguai --, mas todos conheciam a história de Nelson Mandela.
"O vovô Mandiba [como
Mandela é chamado carinhosamente pelos alunos] se tornou uma referência
positiva para todas as crianças", diz a diretora Cibele Racy. "Ele é
o patrono que a escola merece ter", afirma.
Antes de
solicitar formalmente a mudança, o nome foi votado entre as crianças, que foram
apresentadas também à história de Guia Lopes. Após a vitória de Mandela,
a direção apresentou um projeto de alteração do nome da escola para a
prefeitura e a Câmara Municipal de São Paulo, onde o processo está em
tramitação e não tem prazo para ser analisado de forma definitiva pelos
vereadores.
Para dar
força ao pedido, a escola fez um abaixo-assinado pela internet e os
alunos começaram a "treinar" como fazer uma manifestação. Usaram
os espaços da escola para fazer suas reivindicações, discutiram que frases
seriam impressas nos cartazes e, finalmente, saíram às ruas no dia 4 para dar
voz ao pedido.
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